Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2024.
Preocupados com o problema que assola mais de 350 famílias, lideres da comunidade Cidade de Deus buscaram apoio com os Vereadores (Divulgação)
Os representantes do Jardim José Teruel Filho, localizado no bairro Lageado, esse com aproximadamente 15 mil habitantes, e do Loteamento Vespasiano Martins, localizado no bairro Los Angeles, este com quase dez mil habitantes, ambos localizados na região do Anhanduizinho, se reuniram nessa terça-feira (20), pela manhã, com os Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, buscando o cumprimento de uma antiga promessa por parte da Casa de Leis do Município, bem como do executivo, a respeito de uma rápida solução para o grave problema social envolvendo as 350 famílias removidas do bairro, que ficou conhecido como Cidade de Deus e que, após esse deslocamento, vivem em moradias de condições precárias, mas agora subdivididos em quatro regiões da cidade.
Na ocasião, os manifestantes foram recebidos pelos vereadores Hederson Fritz, Carlão, Chiquinho Telles e o presidente da Câmara, João Rocha, a quem mais uma vez expuseram os problemas diários vividos por eles e que em dias de chuva, tal como no momento, a situação fica pior, colocando em risco até mesmo a integridade física dos moradores.
Conforme as informações do presidente da Associação de Moradores do Loteamento Municipal Vespasiano Martins, Rony Leão, no local já foram registrados alguns desabamentos de barracos pelo fato de serem construídos de forma improvisada e também pela precariedade na construção, sem nenhuma estrutura ideal.
Durante a reunião dessa terça-feira (20), os representantes questionaram o planejamento do cronograma de obras das moradias que ainda incluem o Jardim Canguru, localizados no bairro Centro-Oeste, também na região do Anhanduizinho, e, de forma uníssona, disseram que é praticamente impossível continuar esperando por mais tempo.
A maior preocupação dos representantes é com a chuva, colocando em risco a vida de diversas famílias, com crianças sujeitas a contrair doenças.
Dias atrás, os mesmos representantes dos moradores das localidades acima citadas, estiveram reunidos com o diretor-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Mato Grosso do Sul (OAB-MS), da Agência Municipal de Habitação (EMHA) e do Instituto Municipal De Planejamento Urbano (Planurb), ocasião em que foi abordado o mesmo assunto e a eles exposto o plano de ação do município.
Na ocasião, ficou acertado que, a partir de março, eles receberão o material para a construção das casas e, antes disso, eles receberão também um curso no Centro de Formação Profissional (Cecapro), localizado no Jardim Parque do Sol, no bairro Lageado.
O curso a ser oferecido pela Prefeitura terá a duração de 30 dias e nele os moradores terão aulas práticas.
Ainda na reunião, a representante do Jardim Canguru, no bairro Centro-Oeste, Edileuza Luiz, denunciou que o referido curso, que está ativado há quase um ano, pode parar devido à falta de pagamento aos instrutores e, caso isso aconteça, esse tipo de “ajuda” será um “tiro no pé”, uma vez que os materiais comprados já estão sendo utilizados nas casas que tem alguma estrutura pronta e, com a suspensão das aulas, o mesmo pode estragar, perdendo tudo que já foi empregado nas obras, bem como e o serviço feito.
Após a longa reunião sem nenhum desfecho positivo, o que ficou acertado é que os Vereadores ficaram de pressionar o Executivo e outra reunião deverá ser realizada nos próximos dias, no entanto, sem data ainda definida.
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